Esclerose lateral amiotrófica tornou-se frequente entre jovens

Diagnóstico precoce e grupos de apoio podem colaborar para um melhor estilo de vida dos portadores de ELA

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Imagem: Banco de Saúde
O Saúde sem Complicações(USP) da última terça-feira, 13 de novembro, fala sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica, mais conhecida por ELA. O convidado para o programa é o professor Wilson Marques Junior (foto), do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O professor é responsável pelo Laboratório de Neurofisiologia Clínica do Hospital das Clínicas da FMRP e atua no grupo de Doenças Neuromusculares e Neurogenética.

Segundo o professor, quando o assunto é ELA, há dois neurônios motores envolvidos, o inferior, que fica na medula, e o superior, que são os neurônios nervosos centrais. “O inferior é responsável pelo trofismo do músculo, e quando ele está envolvido há uma fraqueza muscular. Já no superior, há também uma fraqueza só que ele enrijece.”

A ELA é uma doença conhecida principalmente por atingir pessoas com mais de 60 anos, isto é, idosos, entretanto, Marques Junior conta que atualmente a doença vem se mostrando cada dia mais presente entre os jovens. “Uma possibilidade deste aumento é que as pessoas estão mais alertas, com isso são mais frequentes e precoces. Mas há aqueles que acreditam que este aumento é uma tendência. A verdade é que não há ainda uma resposta para este fenômeno.”

O professor lembra que os portadores da ELA necessitam de cuidados especiais, o que acaba ocasionando problemas familiares. “Quando o paciente tem problemas físicos ele necessita de ajuda para tomar banho, se trocar, subir e descer da cama, entre outros. Mas sob o ponto de vista psicológico, essa dependência altera toda a dinâmica da família, afinal antes ele não tinha nada e agora necessita de cuidados.”

O professor Wilson Marques Junior conclui dizendo que o melhor tratamento para esses pacientes só pode ser feito com a colaboração de todos, e que para isso pretende montar um grupo de suporte, afinal, eles precisam muitas vezes de um acompanhamento nutricional, fisioterapêutico, ou até mesmo uma companhia. “Qualquer pessoa pode ajudar, se tiver pelo menos um pouco de disponibilidade de tempo.”

Mais informações sobre o projeto: e-mail wmjunior.fmrp.usp.br ou pelo telefone (16) 3602-2391.

O Saúde Sem Complicações é produzido e apresentado pela locutora Mel Vieira, com trabalhos técnicos de Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana. Direção: Rosemeire Talamone.

Toda a população está convidada a participar do Saúde sem Complicações, tirando dúvidas sobre saúde ou encaminhando sugestões de assuntos para novas discussões pelo e-mail imprensa.rp@usp.br.

Por Thainan Honorato - Jornal USP

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