Tratamento de esclerose sistêmica destrói e reconstrói sistema imune

Ilustração: Reprodução / BruceBlaus via Wikimedia Commons CC BY-SA 4.0
Esclerose sistêmica é o nome de uma doença autoimune que possui como característica inflamações crônicas na pele, o que a torna rígida e passa a atrapalhar os movimentos. Pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP desenvolveram um estudo a respeito da resposta do transplante autólogo de células-tronco para tratar os casos mais extremos. A doença age na faixa etária de 25 a 55 anos e afeta mais as mulheres. As principais manifestações são através de arroxeamentos das pontas dos dedos no frio.

Os sintomas de enrijecimento da pele podem ficar restritos aos pés, mãos e face, mas com o tempo podem evoluir para toda a pele e até para os órgãos internos, nos casos mais graves. Quando manifestada de forma mais leve, a doença pode ser tratada com medicamentos para dilatar os vasos, mas em sua forma mais séria é necessário que o paciente passe por quimioterapia, seguida do transplante de células-tronco. Em pouco mais de dez anos, são cerca de 100 pacientes transplantados pelo CTC.

A quimioterapia, nesses casos, serve para destruir o sistema imunológico para que ele seja reiniciado a partir do transplante. Segundo Maria Carolina de Oliveira, pesquisadora do Centro de Terapia Celular, professora da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e coordenadora das pesquisas sobre esclerose sistêmica, os pacientes submetidos ao tratamento têm recuperado os movimentos e a qualidade de vida.

JORNAL DA USP

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