Surdez aumenta entre jovens e idosos
Foto-Cesar-Brustolin |
Com 92% das crianças passando por cuidados ao nascer, índices apontam que, a cada mil nascimentos, três podem nascer surdas
O professor Eduardo Tanaka Massuda é o convidado do programa Saúde sem Complicações desta semana, que traz a temática da surdez. Massuda é professor na Divisão de Otorrinolaringologia do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. O professor explica que “a surdez é um problema que atinge três a cada mil pessoas”.
O teste que comprova o problema deve ser feito obrigatoriamente ainda na maternidade, e é conhecido por teste da orelhinha. Massuda diz que “hoje 92% das crianças passam por este importante teste ao nascer, pois as crianças devem, até os dois anos de idade, desenvolver a fala, que tem relação direta com a parte auditiva”.
Existem diversos tipos de surdez, o mais comum detectado no teste da orelhinha é o congênito, isto é, de nascença. “A principal causa desta surdez é a infecção intrauterina, entre elas: rubéola, toxoplasmose, herpes, citomegalovírus. Podem ocorrer também por hereditariedade, as sindrômicas, ou, ainda, geradas a partir de algum sofrimento fetal”, explica o professor Massuda.
Mesmo este sendo o fator mais agravante, a surdez pode também ser decorrente de outros fatores, como idade e exposição a ruídos. “A surdez por idade acontece de forma natural e vem apresentando aumento decorrente de maior expectativa de vida da população. Já por ruídos, o professor lembra que é comum em trabalhadores expostos ao barulho excessivo, ou por pessoas que utilizam amplificadores auditivos, os fones de ouvido, pois concentram som alto em um único ponto.”
O programa Saúde sem Complicações é produzido pela locutora Mel Vieira e pelo estagiário Thainan Honorato, da Rádio USP Ribeirão, com trabalhos técnicos de Mariovaldo Avelino e Luiz Fontana. Apresentação de Mel Vieira e direção de Rosemeire Soares Talamone. Ouça acima, na íntegra, o programa Saúde sem Complicações.
Por Thainan Honorato | JORNAL DA USP