Outubro Rosa: reconstrução mamária após a mastectomia
Dr. Luís Felipe Maatz* |
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 2018 encerrou com cerca de 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil. O mesmo número é esperado para 2019. Pode acometer homens, porém, é raro, representando apenas 1% do total de casos. Raro também antes dos 35 anos, mesmo entre mulheres. Acima disso, a incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. E de acordo com o Ministério da Saúde, o número de cirurgias de reconstrução mamária cresceu 76,9%, entre 2010 e 2017, quando foram realizadas cerca de 3.700 cirurgias no Brasil. Neste período, os investimentos federais passaram de 2,4 milhões de reais para 9,5 milhões de reais.
Na reconstrução parcial, em que as pacientes são submetidas a quadrantectomia, o maior avanço nos últimos anos foi a cirurgia oncoplástica mamária, combinação de técnicas de mamoplastia com técnicas oncológicas. Já nas mastectomias, além das próteses mamárias, que têm sido cada vez mais empregadas na reconstrução imediata, existem as técnicas de lipoenxertia, que têm melhorado os resultados em situações que, no passado, pareciam insolúveis. Outro avanço importante foi a criação de uma matriz dérmica, uma espécie de rede, que proporciona melhor sustentação para o implante, ajuda a reduzir a contratura capsular e contribui para um posicionamento mais adequado das mamas.
*Dr. Luís Felipe Maatz é especialista em reconstrução mamária pelo Hospital Sírio-Libanês; membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP); e especialista em cirurgia geral e cirurgia plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Editor Local de Saúde: Willen Moura